‘Materialidade’ são “aqueles tópicos que têm impacto direto ou indireto na capacidade de uma organização de criar, preservar ou corroer valor econômico, ambiental e social para si mesma, seus stakeholders e a sociedade em geral”, segundo o Global Reporting Initiative (GRI)
Analisar a materialidade, portanto, significa analisar quais são os temas mais importantes de serem abordados pelos negócios. Depois de identificar possíveis problemas de sustentabilidade considerados diretamente relevantes para a cadeia de valor de uma organização, esses problemas são analisados usando duas lentes diferentes.
Assim, para questões como, por exemplo, redução de embalagens, satisfação de colaboradores ou contratação de fornecedores sustentáveis, a organização precisa avaliar: 1) qual é o potencial de cada questão para impactar positiva ou negativamente o crescimento organizacional, custo ou confiança e 2) quão importante é cada questão aos stakeholders. O resultado é uma representação visual de quais questões devem ser priorizadas de acordo com sua importância para o sucesso da empresa e as expectativas dos stakeholders (que podem afetar diretamente a primeira).
Em outras palavras, uma análise de materialidade é uma metodologia que uma empresa pode utilizar para identificar e estimar possíveis impactos Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) que possam impactar o negócio e seus stakeholders.
Como resultado dessa análise, as empresas podem criar sua estratégia ESG de longo prazo, e as respectivas metas.
O SASB Standards e a Global Reporting Initiative (GRI) fornecem padrões complementares para informações de sustentabilidade, que são projetados para atender a diferentes propósitos e são baseados em diferentes abordagens de materialidade. Os Padrões SASB se concentram em questões ESG que devem ter um impacto financeiro material na empresa, visando atender às necessidades da maioria dos investidores e outros provedores de capital financeiro. Os Padrões da GRI focam nos impactos econômicos, ambientais e sociais de uma empresa em relação ao desenvolvimento sustentável, que é de interesse de uma ampla gama de stakeholders, incluindo investidores. Muitas empresas – incluindo ArcelorMittal, PSA Group, Diageo e Nike – usam os padrões SASB e GRI para atender às necessidades de seus públicos.
Coloquei abaixo, como exemplo, a Matriz de Materialidade da C&A. Em geral, empresas com boa gestão ESG já tem sua matriz mapeada e divulgada nos seus respectivos relatórios de sustentabilidade, geralmente divulgados nos sites destas empresas.
Agende uma conversa sobre desafios e oportunidades de ESG para a sua empresa: contato@prosfera.com.br.